"Que as palavras soem para você da melhor maneira a se encaixar na sua vida. Sejam doces, amargas, confortadoras, desafiantes, incômodas. Mas que soem... Esse é o meu real desejo."

domingo, 26 de outubro de 2014

Menos sobre eleições, mais sobre atitudes. Eleições 2014, Brasil.

#1 Porque eu entendo quem votou nulo/branco?
Os partidos dos dois candidatos estavam envolvidos em atos de corrupção; os dois candidatos tinham relatos de atos bem sucedidos e mal sucedidos em seus governos; os dois candidatos eram apoiados e reprovados por pessoas que odiamos e/ou gostamos; os dois candidatos têm acusações de engavetamento; os dois partidos trabalharam na política do medo e do terrorismo. Detalhes de uns ou de outros fizeram alguns eleitores escolherem, mas não foram suficientes para que 21% dos brasileiros fizessem uma escolha. 6% dos brasileiros foram às urnas e responderam que nem A, nem D (e o restante, para completar 21%, ou não pôde ou não quis votar). É uma resposta prevista e possível, não é uma omissão. Faz parte das regras definidas antes do jogo. Talvez muito mais omisso e preocupante seja defender com unhas e dentes candidatos tão falhos.
#É40!
 
#2 Porque amanhã é, e o para sempre será dia de oposição?
Concluiu-se, pela história da humanidade, que a corrupção é inevitável. Contudo, é criminoso usar isso como desculpa para sermos coniventes com ela. Mais ainda, usar ela como uma política de troca/justificativa de benefícios. Amanhã a cabeça não pode estar baixa. Inclusive e principalmente de quem é eleitor do PT. Amanhã é dia de fiscalizar o que cobramos, amanhã é dia de dizer não às politicagens eleitoreiras e favorecedoras de poucos. Amanhã é dia de reinvestir no Brasil o que dele se roubou. Sustentamos duas Áfricas nos bolsos de nossos políticos, e não podemos admitir isso enquanto temos tantas Áfricas vizinhas a nós.
#É40!
 
#3 Porque devemos discutir política?
Esse período eleitoral no Brasil foi, nos últimos anos, o mais rico e mais polêmico. Graças às redes sociais e a todos os problemas trazidos por elas, as pessoas se politizaram mais, ainda que a pulso. Foram praticamente forçadas a entender um pouco mais do contexto político que estamos vivendo, e talvez tiveram melhor capacidade de decidir (ou de escolher não escolher) com maior conhecimento político do que tinham ontem. Percebemos que a mídia manipula, as pesquisas manipulam; um ato, um gesto, uma fala, um acidente, uma tragédia... Podem ser e são divisores d’água suficientes para mudar o curso de um país. Precisamos estar atentos e vigilantes sempre, em prol da verdade, que mesmo não existindo de forma absoluta, precisa existir de forma soberana sobre a mentira. Que nos politizemos no cotidiano, e não de 4/4 anos.
#É40!
 
#4 Porque devemos respeitar opiniões divergentes; porque devemos aceitar mudança de opiniões?
A vida é mutante, os dias não se repetem, e seguindo esse caminho, regras e normas não necessariamente se aplicam da mesma forma para todas as pessoas, flexibilidade é uma palavra que conforta. É democrático, seguro e respeitoso que a unanimidade seja burra. É necessário que haja oposição de olhos atentos, assim como são necessários apoiadores que arregacem as mangas e persistam perseverando na luta. Ambos constroem juntos esses tijolos. Além de tudo, não é vergonhoso ou humilhante mudar de opinião; conheço petistas e psdbistas suficientemente conscientes e decepcionados com diversos governos de seus partidos, assumindo, dessa forma, opinião oposta. Não desmerece a sua luta do passado (afinal os tempos são outros), nem invalida nova opinião no futuro. Lembrem-se, em todos os times temos “bandidos e mocinhos”, oxalá um líder conseguisse juntar os mocinhos de todos os times.
#É40!
 
 

 

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